Como harmonizar vinhos e carnes vermelhas: Aprenda o essencial

Que tipo de vinho combina com carne vermelha? Essa é uma pergunta muito comum entre os nossos clientes.
Ao harmonizar vinhos, independente do prato, recomendamos seguir algumas regrinhas básicas para facilitar o processo e diminuir a chance de erro.
Abaixo, escrevemos aquilo que consideramos o essencial para uma harmonização de sucesso entre carnes vermelhas e vinho.
Aprenda a fazer essa deliciosa combinação e inspire-se com nossas sugestões.
Tenha uma boa leitura!
Vinhos tintos são os mais indicados

É possível harmonizar carnes vermelhas com diversos tipos de vinhos? Sim, é possível.
No entanto, os tintos são os vinhos que melhor combinam com os variados cortes de carnes vermelhas. Os vinhos tintos têm estrutura (corpo) para encarar de frente desde as carnes mais magras até as mais gordas, além de acidez suficiente para limpar a gordura do nosso paladar. E diferente dos demais vinhos, os tintos contam com um item que melhor interage com as proteínas da carne vermelha, o tanino.
Equilibre o peso
Uma das regras gerais da harmonização de vinhos é sempre equilibrar o peso da bebida com o da comida. Desta forma, quanto mais magra a carne vermelha, mais leve deverá ser o vinho tinto.
A carne de cordeiro, por exemplo, além de possuir pouca gordura é muito mais delicada no sabor se comparada a maioria das carnes vermelhas, o que nos leva a escolha de vinhos como o Pinot Noir, mais leves e delicados.
Flores Negras Pinot Noir é um vinho tinto argentino produzido na região de Mendoza pela Bodega Santa Julia. É um vinho fresco e delicado, com aromas de frutas silvestres, uma nota mineral e um leve toque defumado. Sua leveza e delicadeza faz dele uma boa escolha para carnes vermelhas magras.
Já as carnes gordurosas como a costela ou a picanha abrem espaço para os vinhos tintos com mais corpo e taninos. Os taninos são polifenóis que interagem muito bem com a proteína, além de trabalhar junto da acidez na limpeza do paladar, removendo o excesso de gordura deixado pela carne. Vinhos como Cabernet Sauvignon, Syrah e Tannat são ótimas opções.
Garzón Single Vineyard Tannat é um vinho tinto uruguaio produzido na região de Maldonado pela Bodega Garzón. Este é um dos Tannats mais respeitados do novo mundo, vindo de um único vinhedo onde a Garzón cultiva suas melhores uvas. O vinho tem período mínimo de doze meses de carvalho, é encorpado e suculento, com muita complexidade de aromas e sabores, características essas que o tornam perfeito para carnes gordurosas.
Leve em consideração o molho
Ao harmonizar vinhos tintos com carnes vermelhas, algumas pessoas se concentram apenas nas características da carne, se esquecendo do molho, que muitas vezes, é ainda mais importante.
Molhos brancos
Molhos brancos cremosos como o utilizado no Estrogonofe, feitos com queijos azuis ou o Bechamel ficam ótimos com o italiano Valpolicella Ripasso ou com um francês de Bordeaux.
Molhos marrons
Os molhos feitos com vinho tinto, assim como o Molho Madeira são indicados para os tintos com toques mais terrosos, como o Bordeaux e os produzidos no Vale do Rhône.
Molhos verdes
Molho Chimichurri, de alecrim ou molho de menta combinam muito bem com vinhos tintos frutados, como o Malbec argentino ou o Monastrell. Molhos com sabor pronunciado de ervas podem ir bem com um Carménère.
Molhos de tomate
Para equilibrar a acidez dos tomates, a sugestão é combinar tintos de acidez pronunciada. Sangiovese, Cabernet Franc e Tempranillo são ótimas opções.
Rocca delle Macie Chianti Classico tem 95% Sangiovese em sua composição. Feito na região de Chianti Classico, na Toscana, é um vinho com aromas de frutas vermelhas, notas terrosas e de tabaco, que passa de 7 a 10 meses em carvalho esloveno. Seus taninos macios e acidez agradável permitem combiná-lo com carnes cobertas por molhos de tomate.
Molhos picantes
Os molhos com um toque de picância são mais complexos na harmonização, mas é possível tentar os vinhos tintos de paladar mais adocicado, como o Zinfandel, Primitivo e Negroamaro, assim como os vinhos de pouco álcool e taninos, como o Beaujolais ou um Pinot Noir do velho mundo.
Abuse das harmonizações regionais
Tem uma frase muito utilizada no mundo do vinho, que diz que “o que cresce junto, se consome junto”, ou seja, os alimentos e vinhos típicos de uma mesma região têm muitas afinidades, o que facilita a harmonização.
Os cortes de carnes bovinas argentinas, como o Bife Ancho e Bife de Chorizo ficam muito bons com o Malbec. Uma picanha uruguaia combina perfeitamente com o Tannat e a bisteca Fiorentina, prato típico da Itália, é a combinação perfeita para os tintos da Toscana.
Amalaya Malbec é perfeito para quem quer “fugir” um pouquinho dos tradicionais malbecs de Mendoza. Vem de Salta, uma região extremamente quente, onde a viticultura só é possível por causa da altitude. Um vinho com grande estrutura e teor alcoólico, devido a quantidade de sol que as uvas recebem e, ao mesmo tempo, com grande e refrescante acidez, que a uva consegue reter em solos de altitude. Perfeito para os mais diversos cortes de carnes argentinas.
Conclusão
Ao harmonizar vinhos e carnes vermelhas, lembre-se que as maiores possibilidades de combinação são com os vinhos tintos, já que possuem estrutura, acidez e taninos suficientes para encarar os mais diversos cortes de carnes.
Não se esqueça de uma das regras básicas da harmonização: sempre equilibrar o peso da bebida com o da comida. Desta forma, quanto mais magra a carne vermelha, mais leve deverá ser o vinho tinto.
Leve em consideração as características da carne, mas pense sempre no molho que a acompanha, que muitas vezes, é ainda mais importante.
Por fim, conte com a ajuda das harmonizações regionais. Os alimentos e vinhos típicos de uma mesma região têm muitas afinidades, o que facilita a harmonização.